quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Séries Patrimônios de Valença 

 A HISTÓRIA DA  IGREJA DA MATRIZ: I Parte 

Janete Pereira de Sousa Vomeri [1]

Em 1799 houve a elevação do povoado do Amparo, em Vila de Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus. Conforme Oliveira, 2006, neste momento de transição histórica a nova vila já possui Casa de Câmara, Ouvidoria, foi confeccionado às leis posturais, hoje leis orgânicas, o seu  standarte e  definido o Padroeiro da cidade, lhes faltava a Igreja da Matriz.
Segundo Vasconcelos (1918) no ano 1799 a elevação da Vila, que fora também criada à freguesia que deu origem a Igreja do Padroeiro de Valença, recebendo a ordem do Ouvidor Baltazar da Silva Lisboa e a paróquia tinha os mesmos limites da vila e invocação escolhida em 1799 ao Santíssimo Coração de Jesus. Por sugestão do Ouvidor Baltazar da Silva Lisboa ocorreu a construção da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus. Uma vez concluída, tornou-se Matriz da freguesia, em 26 de setembro de 1801.
No livro o diário dos Vasconcelos[2] 1979, p. 44  Vargas assim a descreve: primeira foi feita ligeiramente de madeira e barro, taipa, e então por fora se fabricou a nova em ponto grande, rivalizando com os maiores templos da capital. Essa primeira Igreja ou casa de oração foi construída para servir provisoriamente de posto do Santíssimo e foi construída nas proximidades do morro de Sebastião Teles, pois era perto do porto da nova Vila e neste local ocorria o embarque e desembarque de mercadorias, os negócios. Era o local de passagem de gente de tudo que era lugar. O recinto fora escolhido, pois estava perto de tudo, do centro da cidade que já era crescida e farta no comércio e nas idas e vindas das embarcações.
 A primeira capelinha em taipa foi construída em pau a pique pelos Duartes de Malpendipe: o Senhor Francisco Duarte Silva capitão-mor e seus filhos Joaquim Duarte Silva Coronel da milícia de Valença e Cairu e Antônio Duarte Silva Capitão de Companhia de Malpendipe. Eram homens ricos da época ( VARGAS, 1979)
A nova Matriz teve por fundador o Ouvidor Baltasar da Silva Lisboa, que desejoso e percebendo que as terras de Valença iriam crescer e prosperar mandou construir um templo maior e mais majestoso. O pai de Zacarias de Goês e Vasconcelos foi o administrador das obras, que comenta Vargas, 1979. ser de seis alicerces e terminada em 1823 .  Foi ele o curador da obra, era também Tesoureiro da irmandade da Igreja da Matriz.
O morro onde foi construída a Igreja com ares de matriz chamava-se morro de Sebastião Teles, pois o  terreno era deste senhorio.  
Em 21 de Janeiro de 1860 recebe a visita do Imperador D Pedro II que a descreve assim: Matriz elegante com bonitos altares de talha cujo dourado ainda não se fez .[...] sobe-se para a matriz, depois de pequena extensão com ladeira , parte calcada e mal, por três lances de escada má de tijolos. (D Pedro II, 1859)








[1] Janete Pereira de Sousa Vomeri é Pedagoga escola/empresa, licenciada em historia, Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior e Psicopedagoga Institucional e Clinica
[2] O Diário dos Vasconcelos esta no. Boletim do Instituto Historiográfico e etnográfico Paranaense

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