A HISTÓRIA DA IGREJA DA MATRIZ: I Parte
Janete Pereira de Sousa Vomeri [1]
Em
1799 houve a elevação do povoado do Amparo, em Vila de Nova Valença do Sagrado
Coração de Jesus. Conforme Oliveira, 2006, neste momento de transição histórica
a nova vila já possui Casa de Câmara, Ouvidoria, foi confeccionado às leis
posturais, hoje leis orgânicas, o seu
standarte e definido o Padroeiro
da cidade, lhes faltava a Igreja da Matriz.
Segundo
Vasconcelos (1918) no ano 1799 a elevação da Vila, que fora também criada à
freguesia que deu origem a Igreja do Padroeiro de Valença, recebendo a ordem do
Ouvidor Baltazar da Silva Lisboa e a paróquia tinha os mesmos limites da vila e
invocação escolhida em 1799 ao Santíssimo Coração de Jesus. Por sugestão do
Ouvidor Baltazar da Silva Lisboa ocorreu a construção da Igreja do Santíssimo
Coração de Jesus. Uma vez concluída, tornou-se Matriz da freguesia, em 26 de
setembro de 1801.
No
livro o diário dos Vasconcelos[2]
1979, p. 44 Vargas assim a descreve:
primeira foi feita ligeiramente de madeira e barro, taipa, e então por fora se
fabricou a nova em ponto grande, rivalizando com os maiores templos da capital.
Essa primeira Igreja ou casa de oração foi construída para servir
provisoriamente de posto do Santíssimo e foi construída nas proximidades do
morro de Sebastião Teles, pois era perto do porto da nova Vila e neste local ocorria
o embarque e desembarque de mercadorias, os negócios. Era o local de passagem de
gente de tudo que era lugar. O recinto fora escolhido, pois estava perto de
tudo, do centro da cidade que já era crescida e farta no comércio e nas idas e
vindas das embarcações.
A primeira capelinha em taipa foi construída
em pau a pique pelos Duartes de Malpendipe: o Senhor Francisco Duarte Silva
capitão-mor e seus filhos Joaquim Duarte Silva Coronel da milícia de Valença e
Cairu e Antônio Duarte Silva Capitão de Companhia de Malpendipe. Eram homens
ricos da época ( VARGAS, 1979)
A
nova Matriz teve por fundador o Ouvidor Baltasar da Silva Lisboa, que desejoso
e percebendo que as terras de Valença iriam crescer e prosperar mandou
construir um templo maior e mais majestoso. O pai de Zacarias de Goês e
Vasconcelos foi o administrador das obras, que comenta Vargas, 1979. ser de
seis alicerces e terminada em 1823 . Foi
ele o curador da obra, era também Tesoureiro da irmandade da Igreja da Matriz.
O
morro onde foi construída a Igreja com ares de matriz chamava-se morro de
Sebastião Teles, pois o terreno era
deste senhorio.
Em
21 de Janeiro de 1860 recebe a visita do Imperador D Pedro II que a descreve
assim: Matriz elegante com bonitos altares de talha cujo dourado ainda não se fez
.[...] sobe-se para a matriz, depois de pequena extensão com ladeira , parte
calcada e mal, por três lances de escada má de tijolos. (D Pedro II, 1859)
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