Hoje 10 de novembro a minha
linda de Valença completa 166 anos de muita história, muita cultura, muita memoria
e muita beleza.
Temos uma cidade
extremamente plural. Somos de origem indígena, negra e europeia iniciando no século
XVI, Isso só para datar nossa colonização. Não nos esqueçamos
dos índios Aimorés tapuias e Tupinambás, que primeiro vieram a estas terras férteis
e irrigadas por mananciais do rio una e
demais rios.
Já fomos povoado do una, do
amparo, Vila de Nova Valença do Sagrado Coração de Jesus, Cidade de Valença, Valença
Industrial, Valença Imperial, Valença a decidida, Valença hospitaleira, Valença
capital do Sul, Valença capital do camarão.
Sou uma filha de Valença que
não homenageia a cidade porque é seu
aniversário, mas o porquê é que todos os
dias devemos viver Valença com atitudes
de contribuição a sua flora e fauna, a manutenção de seu rios em especial o una,
que é uma grande beleza natural, embora tão poluído. Manter a cidade limpa e
organizada, cada um fazendo sua parte colaborando para a limpeza publica e
organização da cidade.
Ser cidadão de Valença não é
viver em Valença ou nascer nela, é aceitá-la como seu lar e reforça sua
identidade Valenciana fazendo desta terra como preconizou professora Macária uma
terra de paz e nunca vencida.
Valente Valença este dia, é
um dia de repensar a Valença que estamos deixando
para a posteridade. Pensar no legado que estamos construindo para o futuro.
Falar da historia de Valença
é uma forma de trazer a tona a melhor parte dos seus filhos naturais e adotados, e pensarmos
juntos que precisamos unir força e preservar o que ainda é possível manter.
Somos um celeiro de patrimônios
naturais ( APAS, RPPN, trilhas de cachoeiras), serras e morros; patrimônios culturais;
zambiapunga, Arquidá, samba de roda, enrolar, marisqueiras, capoeira dentre
outros; patrimônios arquitetônicos como:
Prédio da Câmara. Matriz do Coração de Jesus, Estancia Azul e Fórum Gonçalo Porto
(que deveria ser Zacarias de Góes e Vasconcelos), Igreja do Desterro, Igreja do
Amparo e outros listados na lei 1888/2007; de nossos mestres de saberes e fazeres, falares,
cantares como Josias Vianey, Ricardina, Delza Vasconcelos, Gracinha, Marinalva,
Jorge, Nelson Gegê e Pety, nossas mestras operarias e mestres operários, apenas
um recorte na vasta lista que temos; nosso artesanato e artesanato naval
especificidade de Valença.
Apesar de sermos seres
movidos por sonhos e “o que guardamos na memória é o que amamos” (Adélia Prado)
parece-me que não estamos guardando nossa cidade na memoria, logo não a amamos?
Não é que não amamos, apenas
a desconhecemos, vamos então conhecer a nossa cidade e nosso município, pois só
se ama aquilo que se conhece, precisamos
então conhecer Valença suas nuances e
peculiaridade e neste dia deixo este pensamento de Adélia Prado. “O que
guardamos na memoria”, logo o que amamos só é guardado
na memória quando conhecemos ( Janete Vomeri)
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